Saiba mais sobre o Teste do Coraçãozinho

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Incorporado aos testes de triagem em neonatais do Sistema Único de Saúde (SUS) desde 2014, a Oximetria de Pulso, mais popularmente conhecido como Teste do Coraçãozinho, é um exame simples e capaz de detectar precocemente a hipoxemia que caracteriza as cardiopatias críticas, antecipando as intervenções médicas necessárias e muitas vezes evitando o óbito no primeiro mês de vida. A Oximetria de Pulso não descarta a necessidade e um exame físico minucioso do recém-nascido.

Segundo dados da Sociedade Brasileira de Pediatria, dos 52% de mortes na primeira infância no mundo (0 a 365 dias de vida), a cardiopatia é responsável por 40% dos defeitos congênitos, sendo uma das malformações mais frequentes e a de maior mortalidade.

O Plano Nacional de Assistência à Criança com Cardiopatia Congênita foi lançado pelo Ministério da Saúde em julho do ano passado, com a contribuição da SBP, tendo como meta ampliar a atenção a pacientes nesta etária pelo SUS.

A elaboração do plano é resultado do documento intitulado ‘Programa Nacional para o Tratamento Integral de Crianças com Diagnóstico de Cardiopatia Congênita’, produzido pelo comitê formado por representantes da SBP e também das Sociedades Brasileiras de Cardiologia (SBC), de Cirurgia Cardiovascular (SBCCV) e de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista (SBHCI).

Como realizar o teste do coraçãozinho?

O Teste do Coraçãozinho deve ser feito pelo pediatra, antes da alta hospitalar, entre 24 e 48 horas de vida. Ele é realizado com um aparelho, o oxímetro, que mede a oxigenação do sangue. A saturação do oxigênio deve ser medida no membro superior direito e em um dos membros inferiores do bebê. A aferição deve ser realizada em todos os recém-nascidos. As extremidades da criança devem estar aquecidas e o monitor do oxímetro tem que evidenciar uma onda de traçado homogêneo. Os estudos sugerem que um período de observação entre um e três minutos são suficientes para realização do teste.

Como interpretar o resultado do teste do coraçãozinho?

A saturação periférica normal deverá ser igual ou maior a 95% em ambas as medidas e a diferença menor que 3% entre elas. Se isso não acontecer, o teste deve ser repetido em uma hora. Caso o resultado se confirme, um ecocardiograma deve ser realizado para descartar a presença de uma cardiopatia na criança.

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